sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Aqui...

Aqui estão todas as setas que apontam
Aqui se ergueram as cinco pontes
Aqui se fez presente a vida triste
Aqui se deu prazo a alegria
Aqui foi feito o controle
Aqui se educou pra se desapreender
Aqui morreram enquato eu vivi
Aqui não comeram do mesmo prato que eu
Aqui a dor de perder é maior que a de não ter
Aqui se fez terminar o que era eterno
Aqui souberam falar para me calar
Aqui mataram aqueles que traziam a vida
Aqui finjiram sorrisos
Aqui não existem mas as almas que eu conheci
Aqui se modificou tudo que era bom
Aqui tudo mudou da água para o vinho
Aqui o pecado abitou e devastou
Aqui as lágrimas irrigaram sementes que darão frutos
Aqui o sonho cresceu e morreu, sem conhecer a liberdade
Aqui as ações foram destorcidas, mais que as palavras
Aqui os sorrisos foram falsos e brilhantes
Aqui a educação se confunde com a hipocrisia
Aqui os espelhos se quebraram
Aqui os pedaços me cortaram
Aqui o vento me carrega para a forca
Aqui roubaram a minha vida
Aqui o mundo girar mais rápido
Aqui eu não ando como os outros
Aqui os rostos desaparecem
Aqui o medo invade e devasta
Aqui as areias do tempo cobrem a dor
Aqui o sopro das palavras sopram as areias
Aqui a dor retorna e matar para renascer
Aqui eu sou quebrantado
Aqui eu corto a realidade para tornar tudo mais suportável
Aqui eu ouvi que tudo vai passar
Aqui tudo passa e volta
Aqui tudo é eterno
Aqui tenho a dor
Aqui a dor é o prazer dos outros
Aqui o gelo se quebra e voltamos a sentir
Aqui nós nos movemos para lugares desconhecidos
Aqui nunca saimos do lugar
Aqui tudo é uma ilusão

O mundo está girando rápido demais...

Vou sentir falta mas...

Eu quero sair daqui...

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