sexta-feira, 10 de outubro de 2008

Tudo poderia ser mas fácil, mas nada é como eu espero...

Bom eu sempre quis mais do que um carrinho de controle remoto...
Ao contrário do que o meu pai pensava eu gosto do vermelho e não do azul...
Tudo que existe a minha volta poderia não ter nexo mas tem...
Só queria corrigir os erros, apagar as lembranças que os outros tem...
Olhar a volta daqueles que não vão voltar...
Simplificar luminosamente os erros que eu cometi...
Esperar, esperar e esperar e ver o nada acontecer naturalmente...
Desaparecer com semelhanças e voltar a ser criança...
Usar as diferenças como similaridades e viver com quem tem caráter...
Tomar choques quando for necessário e chicotadas quando eu não merecer...
Usar remédios para adoecer e tomar veneno para morrer e ressucitar...
Olhar o que tem a minha volta e enchergar com clareza o que eu quero...
Adoraria viajar e conhecer tudo o que a há de bom...
Gostaria de ser beijado e virar o principe encantado para alguem que pague minhas contas...
Não queria abusar dos meios de comunicação, nem dos meus ouvidos...
Não queria buscar respostas para questões que eu inventei por pura bobagem...
Voltaria a não ter malícia e viveria em paz sem conflitos e sem crescimento...
Sonharia com um mundo onde machados me trouxessem más recordações...
Ouviria um toc toc e saberia quem estava batendo, e abriria mesmo sabendo que eu morreria porque ao menos teria compania para a viagem devolta a um mundo onde a realidade não tem fim...
Torraria torradas e olhos dos outros no asfalto limpo e vitral...
Veria do Jardim uma estrada de tijolos de ouro que leva ao meu abismo, e após a minha terceira queda tentaria me lembrar de não cair na mesma lorota do Amor...
Olharia pela janela esperando a noite chegar só para sentir medo, e ter motivo para pegar o edredon...
Comeria chocolate e vomitaria sangue cor de escarlate que usaria para pintar a minha casa de biscoitos...
Não olharia para lua, nem para o sol, somente para a terra, por que o que vem de céu sempre me atingiu...
Eu rejeito esse mundo de fumça e glamour, onde a podridão vive no coração e mente das pessoas esperando apenas para abocanhar a próxima geração desesperada por mais um fim de mundo...
Almejando a mesma perfeição e salvação, buscando um conceito único de igualdade tão irreal quanto a nossa existência...
Viveria bem até mesmo sem o amor, ele tem me causado muitas alegrias e logo depois muitas tristezas, é só mais uma droga viciante que não tem como se tornar ilícita...
Eu retornaria a vida de maneira saldável e obrigatória, mas não permaneceria vivo por muito tempo, por que depois de estar morto se conheçe tudo como se deveria estar sendo visto...
Ser justo hoje é estar morto, não há como, somos falhos e ingratos, voltamos a apreciar mais de nós mesmo a cada momento, apesar de não sermos nem um pouco apreciáveis...
É a morte, é o fim, é a justiça e o meu jardim...

Nenhum comentário: